Segundo a visão de Flavinho Buzaneli

Meu pai, Flávio Buzaneli, fundou nosso escritório em 1955. Naquela época, como já disse em posts anteriores, fundar um escritório de contabilidade era criar um negócio disruptivo, na medida em que alterava drasticamente a atuação do contador, até então restrito a ser contador de uma única empresa.

A década de 50 foi o momento em que surgiram os primeiros escritórios de contabilidade, criando um modelo de negócios que não existia. Em 1955, meu pai tinha 20 anos. Qualquer semelhança com os jovens empreendedores de hoje não é mera coincidência. 20 anos é aquele momento –  na história pessoal de cada um – que a gente tem um pique para querer mudar o mundo! E ganhar dinheiro. De preferência, ficar rico. O que mudam são os caminhos, de acordo com as convicções de cada um. Uns vão para a engenharia, outros entram na medicina ou odontologia; os que mais gostam de escrever e ler acabam indo para o mundo jurídico, abrindo sua sociedade de advogados, trabalhando como consultores, e tantas outras profissões ligadas à palavra falada e escrita.

O que mudam são os caminhos. Hoje tem Whatsapp, Facebook, Linkedin, Instagram, Twitter, Youtube, Google e por aí vai. Mais uma infinidade de aplicativos que se multiplicam e se transformam. E uma parafernália digital online que gera oportunidades e receios. Repetindo algum famoso influenciador, ou pode ser que saiu da minha cabeça mesmo, ouso dizer que hoje temos mais soluções do que problemas. E o que isso tem a ver com escritório de contabilidade? O óbvio: os escritórios de contabilidade surgiram como uma solução inovadora, prática e mais barata.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Podemos dizer que praticamente até o ano 2.000 os escritórios de contabilidade ofereciam em primeiríssimo lugar seu conhecimento para calcular os tributos corretamente. Isso significa dizer que a grande maioria dos clientes enxergava o escritório como o parceiro que iria apurar corretamente os impostos e enviar em tempo hábil as guias (datilografadas em diferentes formulários; e posteriormente impressas), para que os “office boys” fossem ao banco para pagar, após ficarem muito tempo na fila…

Isso é passado, mas não é saudosismo. Temos que entender o passado para direcionar nosso momento presente na criação do futuro que queremos. Isso vale tanto para as pessoas físicas quanto para as pessoas jurídicas.

O motor da mudança, na minha opinião, foi a Receita Federal do Brasil. As secretarias da fazenda de cada estado foram seguindo a tendência e os municípios também. E qual era essa tendência? Usar a tecnologia e a internet para construir sistemas de cruzamento de informações com o objetivo de detectar muito rapidamente qualquer erro por parte dos empresários; especialmente se não houve o pagamento correto de determinado imposto. Para o fisco, era evidente que jamais seria possível fiscalizar adequadamente as múltiplas atividades econômicas, dentro do prazo previsto em Lei. Hoje, antes da mercadoria sair da fábrica e chegar na loja, o fisco já tem todas as informações que necessita para saciar sua fome de tributos.

Se por um lado as inovações tecnológicas permitem ao fisco atuar de uma maneira impossível de se imaginar até o ano 2.000, por outro lado essa mesma tecnologia está reinventando o conceito de trabalho e empresa, abrangendo todas as áreas numa velocidade cada vez maior.

QUAL INOVAÇÃO QUEREMOS?

No artigo: Não é qualquer inovação que promove crescimento, escrito por Felipe Scherer, ele cita o maior guru da atualidade quando falamos em inovação: Clayton Christensen, que classifica a inovação em 3 categorias. Segue o trecho que achei mais interessante do texto original publicado nesse artigo do site da EXAME:
“Inovação de Eficiência – são as que visam a redução de custos através da eficiência operacional. Elas têm como consequência a eliminação de empregos e o aumento do caixa livre. As inovações de eficiência dão retorno rápido de 3 meses a 2 anos, não tem muito risco e o mercado já existe. As empresas fazem isso repetidamente em diferentes ciclos, especialmente porque as empresas são avaliadas por isso (indicadores financeiros).

Inovação Sustentada – são aquelas que visam aperfeiçoar os produtos para pelo menos manter as margens e competitividade. Elas mantêm a economia funcionando, porém normalmente não geram crescimento ou empregos. Servem para manter o padrão de vendas.

Inovação Disruptiva – essas são as que transformam produtos caros em acessíveis. Ele citou o exemplo do Japão onde foram feitas várias inovações disruptivas como os carros Toyota, motos Honda, impressora Canon ou rádios portáteis Sony. Depois na década de 90 as empresas japonesas começaram a focar em inovação de eficiência. Para ele, a única inovação disruptiva nos anos 2000 vinda do Japão foi o Nintendo Wii.

Christensen defende que a inovação disruptiva é a que promove o crescimento do emprego, cria novos mercados, combate o não consumo, traduzindo-se em um efeito econômico multiplicador na cadeia”.

O primeiro passo, assim, é avaliar qual tipo de inovação seu negócio necessita para então buscar as ferramentas tecnológicas que viabilizem a implantação da inovação desejada. Nem preciso dizer que essa busca por inovação tem que ocorrer constantemente, tem que estar no DNA da sua empresa e também no DNA do escritório de contabilidade, que você escolheu para ser seu parceiro.

E AGORA, JOSÉ?

“…a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio,
não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou,
e agora, José?”

No site Cultura Genial, Carolina Marcello escreve: O poema “José” de Carlos Drummond de Andrade foi publicado originalmente em 1942, na coletânea Poesias. Ilustra o sentimento de solidão e abandono do indivíduo na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar.

Tomo a liberdade de usar a poesia do mestre Drummond justamente com a mesma interpretação de Carolina, adaptando para o atual momento, em que as inovações tecnológicas invadiram todos os campos do conhecimento e comportamento humanos, criando uma sensação de perplexidade.

“O sentimento de solidão e abandono do indivíduo na cidade grande” pode muito bem ser nosso sentimento diante do gigantesco mundo novo que a tecnologia está criando.

“A sua falta de esperança” pode ser uma espécie de não-tem-mais-jeito-temos-que-mudar-em-ritmo-acelerado.

E “a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar” representa a infinidade de escolhas que todos nós estamos tendo que fazer, sem ter realmente segurança que são as melhores escolhas, pois a tecnologia vem e … varre a realidade como um tsunami.

Diante desse cenário desafiador, os escritórios de contabilidade, especialmente aqueles que conheço na cidade de Jundiaí, estão se posicionando com determinação, trabalho sério e um mindset preparado para encarar essa nova realidade.

FLÁVIO BUZANELI SERVIÇOS CONTÁBEIS certamente oferece os benefícios das inovações tecnológicas aliados à uma credibilidade construída em mais de 60 anos de experiência. Essa é nossa escolha: agregar tecnologia e tradição para prestar os melhores serviços e proporcionar as melhores soluções a todos os clientes.

 


Flávio Buzaneli Júnior é administrador de empresas, advogado e contador. Atuou 12 anos como publicitário. É pós-graduado em Marketing pela ESPM. Desde o ano 2000, trabalha na Flávio Buzaneli Serviços Contábeis.

 

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